Saiba métodos de proteção no sexo lésbico

Para muita gente isto é uma novidade, mas o sexo lésbico – ou sexo entre vaginas –, também precisa de proteção. É verdade que não há risco de gravidez, mas esse tipo de relação sexual, que envolve sexo oral, penetração e a famosa “tesourinha”, pode resultar em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), assim como qualquer transa heterossexual cisgênera. O tema ainda é cercado de tabus e isso dificulta o acesso da própria comunidade LGBTQIA+ à informação, especialmente as mulheres lésbicas. O resultado desse problema é grave, pois coloca essas pessoas em uma situação de vulnerabilidade em relação à saúde.

“Muitas não fazem exames de rotina e preventivos porque acreditam que estão totalmente à salvo de qualquer infecção, mas não é bem assim”, aponta o ginecologista e obstetra César Patez.

“Mulheres que se relacionam exclusivamente com mulheres também podem contrair herpes, sífilis, HIV, HPV e outras doenças comuns, como candidíase, além de desenvolverem câncer de colo de útero. Não é exclusividade do sexo com pênis”, afirma. “A prática sexual de pessoas com vulva é suscetível à transmissão de IST por meio de sangue, troca de secreções, sexo oral, contato entre genitais e compartilhamentos de brinquedos.”

A desinformação também é frequente entre os próprios profissionais de saúde. Isso leva ao despreparo em receber pacientes de orientações sexuais diversas nos consultórios.

“Durante a consulta, o médico costuma falar de métodos contraceptivos antes mesmo de saber a orientação sexual da paciente. É um processo de invisibilização, que acaba constrangendo e assustando muitas delas, fazendo com que as visitas ao ginecologista não ocorram com a frequência necessária. Isso se agrava devido ao preconceito que tem sido referendado pelas autoridades públicas do país”, destaca.

Vale lembrar que ainda não há ferramentas de proteção feitos especificamente para o sexo entre vulvas.

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