Temendo ataques inspirados na ficção, Exército dos EUA lança manual para cinemas que exibirão o novo Coringa

As cenas de violência no novo filme sobre o Coringa, que dessa vez terá Joaquin Phoenix na pele do personagem da DC Comics, são tão fortes que até mesmo o Exército dos Estados Unidos se viu forçado a enviar um manual com normas de segurança pensadas sob medida para as milhares de salas de cinema do país que exibirão a superprodução de US$ 55 milhões (R$ 230,4 milhões) em circuito comercial a partir do próximo dia 4.

As instruções servem, basicamente, para preparar a todos no caso de um atentado com arma de fogo similar ao que aconteceu em 2012 em um cinema de Aurora, no estado americano do Colorado, quando um homem que mais tarde se identificou como fã do icônico vilão dos quadrinhos abriu fogo contra a plateia durante uma sessão de estreia de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, o que resultou na morte de 12 pessoas e outras dezenas de feridos.

De acordo com a imprensa dos EUA, autoridades americanas interceptaram nos últimos dias várias mensagens de usuários da chamada “deep web”, que é o submundo da internet, nas quais homens que se identificam como “incels” (sigla para “involuntary celibates”, ou “celibatas involuntários”, como são conhecidos os homens que não conseguem ter relações com mulheres e por isso as odeaim), incentivam ataques parecidos com o de Aurora.

Nessa semana, a Warner Bros. – que produziu e distribuiu o novo Coringa – também divulgou uma nota na qual afirma categoricamente que o longa dirigido por Todd Phillips não é uma ode à violência como muitos propagam, algo que também é consenso entre a crítica especializada, já que a fita está sendo descrita desde já por essa turma como uma das melhores do ano até agora e provável candidata ao próximo Oscar.

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