TANTIN chega à Pinheiros com personalidade de bar brasileiro

Na memória é fácil de puxar: o bar do bairro, com conservas, cadeiras de madeira, lustres das antigas, e aquelas doses de branquinhas para ninguém botar defeito. Seja em São Paulo, no interior, ou em qualquer canto do Brasil, o “bar da esquina” sempre esteve presente na vida do brasileiro. Foi juntando essas lembranças, a sua experiência em diversos restaurantes paulistanos (como Komah, Marakuthai e o espanhol Me Vá) que o chef Marco Aurélio Sena abre seu primeiro negócio solo.

Como não poderia deixar de ser, o Tantin — que tem esse nome por representar um “tantinho” de cada lugar do Brasil — fica numa esquina espaçosa na disputada rua dos Pinheiros, num casarão antigo que ganhou pouca reforma. Logo de cara o balcão é um convite para quem quer beber despretensiosamente, sozinho ou acompanhado. De lá saem os drinks pensados e criados por Vina Apolinário — bartender que largou a vida agitada de São Paulo para trabalhar nas barras de Caraíva, Bahia — que recebeu de Sena o seguinte pedido: uma carta bem brasileira, nacional que fosse inclusiva. O resultado vem em 12 autorais além de 4 caipirinhas, como a de Tangerina com Poejo, Caju limão e manjericão e Maracujá e Lichia.

Entre as opções há o Biritin, referência ao bairro Birita de Caraíva onde as infusões em cachaça são comuns, e que leva Gabriela da casa (cachaça com infusão de cravo e canela), vermute tinto, suco de limão e Angostura Laranja (R$ 32); A Mula (uma referência à forma que os potiguares bebem cachaça onde ela é guarnecida com uma fatia de caju e sal) com cachaça, xarope de gengibre, suco de limão, concentrado de gengibre e espuma de caju salgada (R$ 29); o Melissa Real, drink refrescante com gin, erva cidreira, espumante, xarope de açúcar e suco de limão (R$ 33); o Elis — um versão abrasileirada do penicilina e uma referência a apreço da cantora ao whisky — com whisky, suco de abacaxi, concentrado de gengibre, xarope de canela sassafrás e finalizado com whisky defumado (R$ 29); Purple Pickle, drink agridoce, com tequila, picles de beterraba, suco de limão e xarope de açúcar (R$ 28), e o Aridan, versão do rabo de galo, com cachaça infundida em fava de aridan — usada no candomblé — com vermute tinto e Cynar (R$ 29). Além do almoço executivo servido de segunda à sexta, das 12h às 15h, há o menu de beliscos e principais, onde Marco colocou sua preferência e amor pela culinária brasileira. “Fui buscar um pouco de cada lugar do Brasil, uma referência, um costume, algo simples que tinha nos pratos dos brasileiros. O resultado é um menu simples, porém repleto de sabor, justamente para combinar quase que à perfeição com os drinks”, comenta o chef. E claro, para trazer a lembrança dos bares das antigas, a casa serve as Conservas da Dona Ruth — mãe de Marco: há de batatas bolinha, azeitonas, cebola e ovo de codorna colorido (R$ 28, a cada 100g.

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