A revisão da reforma trabalhista foi pauta da reunião realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as maiores centrais sindicais do país. No encontro, que ocorreu na última quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, as entidades sindicais pediram ao presidente que realizasse a revisão total da legislação. A última reforma trabalhista, realizada no governo do Michel Temer, trouxe uma série de medidas que prejudicam principalmente o trabalhador brasileiro. Entre elas está a diminuição da força sindical – permitindo, entre outras coisas, que os colaboradores negociem diretamente com seus empregadores o reajuste salarial. O Sindicato dos Administradores do Rio Grande do Sul (SINDAERGS), assim como outros sindicatos e entidades representantes da causa, é a favor da revisão imediata desta reforma trabalhista.

Para o presidente do SINDAERGS e vice-presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Jorge Avancini, essas determinações prejudicam principalmente o colaborador. “Autorizar que os empregados e os empregadores negociem diretamente os reajustes salariais pode fragilizar as relações dentro deste ambiente e prejudicar, na maioria dos casos, o funcionário. É preciso que o governo e as empresas vejam os sindicatos como um mediador e facilitador desta relação, e não como um inimigo”, argumenta.

“Essas medidas diminuem a força que os sindicatos têm, dificultando nossa existência e deixando os brasileiros sem uma entidade que represente cada uma das classes de profissionais. Estar à frente do SINDAERGS e participar da diretoria da CSB me permitem uma visão ampla da situação em diferentes esferas e posso afirmar: o governo precisa rever toda essa legislação. Não estamos pedindo que voltem as regras anteriores, queremos ter a oportunidade de dialogar e alinhar acordos favoráveis para todos – colaboradores e empresários”, defende.

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