Semesp e Fundacred apresentam novas formas de financiamento para o setor da educação superior

Assim como diversos setores da economia, o segmento da educação foi gravemente afetado pela crise mundial causada pela pandemia de Covid-19. De acordo com dados do Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, no primeiro semestre de 2020 a inadimplência no ensino superior particular em São Paulo foi 47,7% maior que no mesmo período de 2019 e em todo o país, a taxa teve uma alta de 29,9% .É o maior patamar da história, de acordo com o Instituto Semesp.

Diante da situação, instituições representativas do setor em conjunto com as empresas de ensino superior estão em busca de alternativas para facilitar o acesso dos estudantes à universidade e promover a diminuição da evasão dos alunos que também foram impactados com a crise. Uma das soluções apresentadas às faculdades privadas do Brasil foi o uso de permutas multilaterais. O formato, hoje tecnológico e totalmente digital, tem ganhado mais força na pandemia, que estimulou formas de economia criativa e colaborativa. A alternativa foi apresentada em evento on-line recentemente para representantes de faculdades privadas do Brasil pelo especialista em empreendedorismo, inovação e economia compartilhada, Rafael Barbosa. O encontro foi promovido pelo Semesp em parceria com a Fundacred, instituição sem fins lucrativos que há 45 anos atua no setor de créditos educacionais, para apresentar resultados de pesquisa realizada sobre o ProUni.

De acordo com Barbosa, que é fundador da maior plataforma de permutas do Brasil em número de usuários, a XporY.com, assim como o ProUni estimulou o mercado educacional nos últimos anos, as permutas multilaterais podem se transformar na ferramenta que irá oferecer novo embalo aos prestadores de serviços educacionais no ensino superior privado no Brasil, como já acontece em instituições de ensino básico e fundamental. “Ao aceitar o pagamento ou financiamento de custos educacionais por meio das trocas, as instituições ampliam a oportunidade para mais estudantes ingressarem e se manterem nos cursos, pois poderão ter o serviço sem o uso do dinheiro em espécie. As universidades, por sua vez, ocuparão as vagas ociosas conquistando novos alunos e têm a oportunidade de solucionarem boa parte da atual inadimplência e, com os créditos recebidos em moedas virtuais, poderão custear diversas despesas como serviços contábeis, jurídicos, de recursos humanos, de manutenção, de reforma, de divulgação e marketing, e até adquirir insumos para expediente”, explica o empresário.

A plataforma já conta com mais de 10 mil usuários no País e diversas empresas do ramo da educação de vários níveis participantes. Neste ano, a plataforma XporY.com registrou aumento de 350% no número de ofertas de anuidade escolar para pagamento por meio de sua moeda digital própria (X$), que é equivalente ao Real.

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