Sem idade para voltar a sorrir: com expectativa de vida mais alta, idosos buscam tratamentos para melhorar saúde bucal

Aos 97 anos, Ida Rizzi Fabris entrou no consultório do implantodontista Caio Pagotto com uma reclamação: não conseguia mais se alimentar devido à prótese inferior que a incomodava muito. Essa situação é comum nos consultórios dentários, principalmente entre pacientes idosos, mas, neste caso, chama a atenção devido à idade de Ida.

“Quando ela chegou ao meu consultório, sem problemas de saúde e muito lúcida, percebi que seria possível devolver a ela a qualidade de vida que precisava, sem nenhum tipo de complicação, algo raro aos 97 anos”, conta Pagotto. A idosa recebeu apenas dois implantes, que foram suficientes para fixar a mesma prótese que já usava, adaptada após a cirurgia. Esse método é conhecido como ‘sobredentadura’, quando todos os dentes são perdidos, mas a prótese é estabilizada por implantes.

O dentista, que atua na implantodontia há cerca de 25 anos, explica que, devido à idade avançada de Ida, não seria possível realizar a cirurgia para colocar todos os dentes, pois isso representaria riscos devido ao tempo, à quantidade de anestésico necessária e ao sangramento. “Optamos por um procedimento chamado carga imediata, no qual colocamos o implante no mesmo dia da extração de dentes naturais, quando é o caso, e da confecção da prótese. Isso proporcionou rapidez no procedimento e na recuperação, o que é essencial em idade avançada”, avalia o dentista. Segundo a filha da paciente, Leni Adelaide Fabris de Moraes, a mãe está mais segura depois da cirurgia. “Ela estava apreensiva, mas a cirurgia correu bem. Agora, ela está mais feliz por poder se alimentar adequadamente, fala melhor e, mesmo com sua idade, conseguiu se adaptar bem. Após ver toda essa melhora, eu recomendo que todos os idosos que enfrentam esse problema e que têm condições façam a cirurgia para melhorar sua qualidade de vida”, conta. Em circunstâncias normais, pacientes com mais de 80 anos são considerados de risco para cirurgias. Isso ocorre porque, nessa faixa etária, é comum que idosos enfrentem questões importantes de saúde, como problemas cardíacos, hipertensão e diabetes, o que torna a colocação de implantes um desafio, embora não seja um impedimento. “Pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, também podem colocar implantes, desde que estejam com as condições de saúde sob controle. Além disso, é importante a ciência e o consentimento do médico que acompanha o paciente e a aprovação da família”, complementa Caio Pagotto.

Divulgação