Região do Cerrado Mineiro sedia encontro para discutir plataforma para origem controlada dos cafés

A Região do Cerrado Mineiro (RCM), por meio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, sediou a primeira reunião do grupo de trabalho para desenvolvimento do programa de Digitalização das Indicações Geográficas de Café. O evento foi realizado no dia primeiro de março, no Centro de Excelência do Café (CEC), em Patrocínio, Minas Gerais, e reuniu representantes das 12 regiões produtoras de café com Indicação Geográfica (IG). O Sebrae, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Instituto CNA estão juntos realizando o projeto Digitalização das IGs de Café, uma iniciativa inédita no Brasil, que será implementada ainda neste ano com o apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério da Agricultura e Pecuária. Serão 18 meses de trabalho junto a associações, cooperativas, produtores, poder público e demais parceiros para desenvolver a ferramenta, com quatro módulos: controle, rastreabilidade, inteligência e comunicação.

Segundo o analista técnico da unidade de Agronegócios do Sebrae Minas, Cláudio Wagner de Castro, o objetivo foi discutir sobre uma plataforma digital de gestão, controle e rastreabilidade para as entidades gestoras deste território. “Foi apresentado o escopo do trabalho que está em construção e realizado um workshop com representantes das regiões. O resultado final deste projeto, previsto para maio de 2024, é a construção de uma solução que deverá incorporar tecnologias digitais, considerando o estado da arte de controles praticados pelas IGs de café atualmente e os avanços na segurança e na garantia da qualidade pretendidos nesse controle, considerando as exigências da cadeia produtiva e do mercado”, destaca.

Ainda segundo Claudio de Castro, o encontro também serviu para o Sebrae entender diferentes realidades das Indicações Geográficas de café no Brasil. “Ressalto que temos outras IGs de café em estruturação em Minas Gerais que, em breve, poderão se juntar a este grupo. Isso facilitará o trabalho de suas governanças, pois terão a oportunidade de utilizar um instrumento inovador de controle, proteção e promoção para os territórios”.