Psicólogo alerta sobre os riscos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas

Segundo a OMS, o Brasil apresenta dados alarmantes sobre o consumo de álcool. Enquanto a média mundial é de 6,4 litros ingeridos por pessoa em um ano, os brasileiros chegam a beber 8 litros, nesse mesmo período. O alcoolismo é caracterizado pelo uso abusivo de bebidas alcoólicas, porém, culturalmente, é muito difícil que uma pessoa assuma que o álcool está sendo um problema na sua vida, conforme explica o psicólogo Filipe Colombini, fundador da Equipe AT, time de psicólogos focados em Acompanhamento Terapêutico.

“Por ser uma substância socialmente aceita, muitas vezes ligada à felicidade e comemorações, as pessoas têm grande dificuldade em perceber um padrão abusivo e, com isso, tomar a decisão de combater o vício e se manter sóbrio”, explica Colombini.

Por isso, o especialista conta que é importante reconhecer os sinais que podem apontar para um consumo excessivo de álcool. “Para identificar se o hábito passou a ser um problema, é preciso que o usuário de bebidas compreenda o seu próprio padrão; ou seja, ele deve ponderar sobre a frequência e a intensidade de seu consumo, além de detectar o que o leva a beber”, afirma o psicólogo.

“Sinais fisiológicos, como respiração ofegante e tremedeira, quando o paciente não bebe, já apontam para uma dependência química para o álcool”, diz o especialista. “Também existe a compulsão comportamental, que é um uso muitas vezes ligado a uma tentativa de se regular emocionalmente em situações consideradas difíceis”, conclui.

Porém, na maioria das vezes, quem aponta primeiro o problema são as pessoas que convivem com um paciente alcoólatra. “A rede de apoio, ou seja, amigos e familiares dispostos a ajudar, é essencial tanto na prevenção quanto no momento de identificar e conter o alcoolismo”, aponta Colombini. “Por isso, é importante que essas pessoas estejam sempre sensíveis aos sinais e ao padrão comportamental dos seus entes queridos”, conclui.

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