Protetor solar orgânico e protetor solar inorgânico: entenda as diferenças

Didaticamente, os filtros Ultra-Violetas (UV) podem ser divididos em filtros inorgânicos, também chamados físicos, e filtros orgânicos, também chamados químicos. Segundo a médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Valéria Rossato, os filtros inorgânicos (físicos) são partículas de óxidos metálicos capazes de, por mecanismo óptico, refletir ou dispersar a radiação incidente. Seus principais representantes são o óxido de zinco (ZnO) e o dióxido de titânio (TiO2).

“As principais características são a baixa permeação cutânea, com a consequente redução do risco de potencial irritativo e sensibilizante, e sua elevada foto estabilidade, ou seja, a capacidade do filtro manter fotoproteção, mesmo após longos períodos de radiação solar”, explica.

As partículas destes ativos ficam concentradas no topo do estrato córneo, sem evidências de penetração para as camadas mais profundas da pele, tanto nas crianças como nos adultos, reforçando o conceito da segurança dos filtros inorgânicos para uso na pele.

Já os filtros orgânicos são moléculas que interferem na radiação por meio do mecanismo de absorção.

“O filtro atua como cromóforo exógeno ao absorver um fóton de energia e evoluir para o estado excitado da molécula. No retorno ao estado estável (não-excitado), ocorre a liberação de energia em um comprimento de onda mais longo, seja na faixa da luz visível (como fluorescência), seja na faixa da radiação infravermelha (como calor)”, acrescenta a médica.

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