Procura por congelamento de óvulos cresce 30% na Clínica Origen

Recentemente o Ministério da Saúde recomendou que as mulheres adiassem os planos de gravidez em função da pandemia. Isso porque as novas variantes do vírus têm se mostrado mais agressivas quando às gestantes, segundo autoridades da pasta. Diante disso, a procura pelo congelamento de óvulos, que já apresentava crescimento exponencial desde o início da proliferação do novo coronavírus em todo o mundo, disparou nos últimos meses no Brasil. Na Clínica Origen de Medicina Reprodutiva foi registrado um aumento de 30% na procura pela criopreservação de janeiro a abril deste ano quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Para o médico ginecologista da Clínica, dr. Selmo Geber, a decisão dos casais está amparada não apenas nas possíveis complicações clínicas, mas, também, na instabilidade financeira, que é uma realidade comum a muitas famílias. “Pais e mães estão receosos porque não se sabe como o vírus pode afetar as gestantes e o bebês e, além disso, estão inseguros com relação aos seus empregos e carreiras”.

Ainda segundo o médico, o congelamento de óvulos, ou criopreservação, é um procedimento de resfriamento que preserva os gametas femininos para utilização futura. A técnica mais empregada atualmente e que apresenta a maior taxa de sucesso é conhecida como vitrificação (congelamento ultrarrápido). “O método faz uso de substâncias crioprotetoras e impede a formação de cristais de gelo na estrutura das células no momento da solidificação pelo nitrogênio líquido. Após o congelamento de seus óvulos, a mulher poderá decidir quando gostaria de descongelá-los para uma futura FIV (fertilização in vitro). Assim, mesmo ao envelhecer, os seus óvulos ainda estarão preservados”, esclarece.

Geber relembra que quanto mais jovem, maiores as chances de sucesso do procedimento, sendo o ideal que seja realizado até a idade de 35 anos. “A partir disso, o congelamento pode ser feito, mas as taxas de gravidez começam a diminuir consideravelmente”.

Para o médico, à medida que a imunização em massa avança no mundo, os riscos para mulheres que desejam ser mães são mitigados. “Nossa orientação é que aquelas mulheres com mais de 35 anos que não podem mais adiar a gravidez por causa da idade e possuem fator de risco congelem seus óvulos, mas estamos confiantes de que, muito em breve, todas poderão realizar o sonho da maternidade, com a tranquilidade e a leveza que são fundamentais às gestações”, completou.

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