Prevenção aos casos de gravidez na adolescência passa por informação correta e ação integrada de entes públicos, família e escola

O primeiro passo na prevenção da gravidez na adolescência é derrubar a crença de que ao falar sobre o assunto, estariam os pais ou responsáveis estimulando a vida sexual de adolescentes de forma precoce. A discussão é uma das preocupações da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. O médico pediatra, Tiago Chagas Dalcin, ressalta estatisticamente que o RS está em um patamar um pouco mais avançado que outras regiões do Brasil, mas defende que o assunto esteja de forma permanente em pauta para ação nacional e de forma integrada em toda a sociedade. No Rio Grande do Sul (RS), a proporção de gravidez na adolescência vem apresentando queda ao longo dos anos, passando de 16,40% em 2010 para 10,40% em 2020

“Um dos maiores desafios nessa conscientização é que muitas pessoas acreditam na ideia falsa de que falar sobre sexualidade estimula um início da vida sexual. Isso não é verdade. A recomendação é transmitir conhecimento adequado e que a linguagem seja adequada a cada faixa etária e contexto social vivido por cada um”, afirma.

A questão envolve o debate e participação ativa de vários entes, tendo cada um o seu papel dentro da sociedade: escola, família, redes de atenção a saúde e a sociedade civil organizada.

“Tudo isso deve estar de forma integrada. O adolescente precisa ser instrumentalizado para na vida real ter autonomia e conhecimento de modo que consiga tomar as suas escolhas com melhores evidências. É fundamental ajudar na construção desses cidadãos”, completou o médico.

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