Práticas ESG passam a ser cobradas pelo mercado investidor e movimentam incorporadoras

Nos últimos anos, a sigla ESG (abreviação em inglês para Environment, Social e Governance – Governança Ambiental, Social e Corporativa, em tradução livre) tem ganhado cada vez mais espaço no mercado entre os investidores. A prática tem se tornado recorrente no mundo dos negócios e revela uma preocupação cada vez maior em relação às práticas sustentáveis e ambientais.

“O mundo está mais sensível a essas questões após perceber o mal que provocou à natureza durante muito tempo. Agora, as empresas começam a dar atenção a essas práticas, alinhando o crescimento com o caminho mais sustentável, pensando em boas práticas sociais, ambientais e governança”, explica Maurício Vono, planejador financeiro pessoal e CEO da YUNO, empresa de gestão de investimentos.

Maurício argumenta que ter o nome ‘positivo’ vem se tornando essencial para as empresas. “Assim como o comércio ou instituições financeiras não querem fazer negócio com pessoas com restrições, com nome sujo na praça, por exemplo, as empresas que querem acessar grandes linhas de financiamento precisam ter o selo de uma empresa ESG. É como um cadastro positivo”, explica. O setor imobiliário vem sendo impactado por essas mudanças. Ao longo dos anos, uma série de regulamentações, como as do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), vem cobrando das incorporadoras a adoção de medidas que mitigam o impacto da construção no meio ambiente, como a coleta seletiva, a logística reversa, entre outras. No âmbito social, as iniciativas que promovem o bem-estar e melhoria da vizinhança ou dos colaboradores envolvidos na obra acabam revertendo positivamente em simpatia e engajamento com a marca.

Sócio da GPL Incorporadora, Guilherme Pinheiro de Lima acredita que a adoção de medidas socioambientais pelas empresas contribuem para impactar e mobilizar todo o setor a adotar medidas semelhantes. “Essa é uma busca antiga que está sendo impulsionada com o avanço de tecnologias e materiais que buscam proporcionar um setor mais sustentável. Isso mexe com toda a estrutura, já que os parceiros dessas empresas também passam a ser pressionadas para adotar medidas mais sustentáveis e que proporcionem um aproveitamento correto de todos os materiais e o correto descarte dos resíduos da construção”, destaca.

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