Pinacoteca de São Paulo abre novo edifício com mostra de Haegue Yang

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, inaugura seu novo edifício, a Pinacoteca Contemporânea, com a primeira grande mostra da artista sul-coreana Haegue Yang (1971) na América Latina. Destaque no cenário internacional de arte contemporânea, Yang estará na Galeria Praça com a exposição Quase Coloquial, a partir de 4 de março. Com curadoria de Jochen Volz, diretor geral da Pinacoteca de São Paulo, a mostra consiste em cinco grupos de trabalhos distintos, em suportes diversos, com base em larga pesquisa conceitual da artista reconhecida pela prática que passa por esculturas, instalações, obras em papel, fotografia, vídeo e escrita.

Haegue Yang combina e faz referência a elementos diversos, especialmente objetos fabricados industrialmente com itens cotidianos. De varais de roupas a sinos, venezianas a luzes, colagens a textos, a artista, em uma linguagem própria, busca libertar os objetos de sua rigidez e limitação. Desde o início da sua carreira, em meados dos anos 90, trabalha trazendo peças do espaço privado e doméstico para a esfera pública, não motivada pelo ato de deslocamento, mas interessada sobretudo no efeito estético.

O termo “quase”, no título da exposição, Quase Coloquial, poderia ser interpretado como algo que é parecido com o original, ainda que não seja igual. Inserido no título de diversos trabalhos da artista, o termo “quase” tem o poder de se opor a uma confiança absoluta ou dependência em categorizações como original, central, importante ou dominante. Ainda que o termo “coloquial” tenha uma definição aparentemente conhecida, ele pode adquirir um significado diferente dependendo do contexto. A artista se entende como alguém operando como parte de uma diáspora, em um processo contínuo. Para ela, a mostra é uma oportunidade para aprender mais sobre o espaço expositivo, e para reconhecer de forma sincera e potente o seu lugar de fora. Ela pode nunca falar um idioma de uma maneira coloquial, mas a noção de coloquial adquiriu um novo sentido em sua vida artística, em sua incansável investigação sobre um entendimento coletivo sobre forma, funcionalidade e racionalidade.

Divulgação