Perspectivas do agro para 2023 são otimistas, mas regularidade do Renasem é um dos pontos de alerta

De acordo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), maior entidade representativa do setor agrícola do país, o Produto Interno Bruto (PIB) do agro encerrou o ano de 2022 com uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior, decorrente da quebra da safra de soja e do aumento dos preços dos defensivos agrícolas e fertilizantes provocado, principalmente, pela guerra da Rússia e Ucrânia. Contudo, novas projeções da CNA indicam que o agronegócio brasileiro, que é o motor da economia no setor externo, deve voltar a crescer nesse ano de 2023. A CNA indicou que o PIB do agronegócio deve terminar o ano de 2023 com um crescimento de 2,5% em relação a 2022. A estimativa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) é ainda maior, com um crescimento de 8% no mesmo período.

Tais projeções se traduzem pela expectativa da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, vez que, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tal safra deve alcançar 296,2 milhões de toneladas – o que corresponderá a um aumento de 12,6% em relação ao resultado de 2022 ou 33,1 milhões de toneladas de grãos. O novo governo federal já havia indicado no início do ano que promoveria esforços no fortalecimento da produção agrícola, especialmente nas frentes da agricultura familiar, agricultura tradicional e agronegócio sustentável. Nesse contexto, os agentes envolvidos no agronegócio (produtores, beneficiadores, embaladores, importadores, exportadores e comerciantes) devem se manter atentos às mudanças que ocorreram no final do ano passado e que ainda estão por vir, de modo a se manterem regulares perante a legislação ambiental e buscarem, assim, o crescimento do setor de forma sustentável.

Isso porque, conforme medidas que já vem sendo tomadas desde o início do ano, a expectativa é a de que o novo governo reforce os órgãos de preservação e fiscalização ambiental e o combate às práticas extrativistas ilegais.

Divulgação