Outubro Rosa: O câncer de mama e as estratégias para preservar a fertilidade da mulher

Anualmente, milhares de pessoas em idade reprodutiva são diagnosticadas com câncer. Para esses pacientes, os tratamentos contra a neoplasia representam uma excelente alternativa para a cura, porém, em muitos casos, o tratamento pode levar à perda da capacidade reprodutiva e o temor da infertilidade e o objetivo da paternidade e da maternidade ganham mais relevância. Neste Outubro Rosa, chamamos a atenção para os casos de câncer de mama que vêm crescendo entre mulheres mais jovens e em idade reprodutiva. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, estão estimados para este ano 73.610 casos novos de câncer de mama – um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. No Brasil, é este tipo de câncer que ocupa a primeira posição em mortalidade entre as mulheres, sendo as maiores taxas de incidência e de mortalidade registradas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O câncer não torna o paciente – mulher ou homem – estéril, a menos que tenha comprometido os órgãos reprodutores. Entretanto, tratamentos como a quimioterapia, radioterapia e alguns tipos de cirurgia podem levar à infertilidade. Essa condição pode ser reversível com o tempo, e a retomada da fertilidade precisa ser analisada caso a caso. Ela depende de fatores como o tipo de câncer, idade do paciente, sua capacidade reprodutiva antes de iniciar o tratamento.

Um elemento importante é que, antes de iniciar o tratamento contra o câncer, sejam também discutidas estratégias para preservar a capacidade reprodutiva do paciente, já que a quimioterapia tem efeitos sistêmicos, ou seja, afeta o corpo inteiro. É preciso lembrar que, além das células cancerígenas, as germinativas – que originam os óvulos e espermatozóides – também são atingidas. Especialistas em medicina reprodutiva têm alertado mulheres em idade reprodutiva que vão iniciar um tratamento contra o câncer de mama sobre as alternativas existentes para preservar a fertilidade. Uma das opções mais indicadas tem sido a criopreservação de óvulos – uma técnica de congelamento de células e tecidos biológicos, como espermatozoides, óvulos, tecido ovariano e embriões, a uma temperatura de 196°C negativos para que possam ser usados futuramente.

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