Os serviços terceirizados da Deso batem recorde de reclamação

Há um jornal de circulação nacional a equipe econômica do novo governo de Sergipe anunciou que fará a concessão de serviços de saneamento, com leilão até o final do ano. O contrato deve ser válido por 35 anos e investimentos são estimados em R$ 7 bilhões; modelo deve ser parecido aos realizados no Rio de Janeiro e em Alagoas. Após a Assembleia Legislativa de Sergipe aprovar a atualização da lei parceria-público privada (PPP) e a criação de parceria-pública e estratégias (PPE), a concessão da Deso não precisa passar pela Alese, basta um decreto que tudo está resolvido. Simples como envio de um Pix. Tenho estudado o saneamento nas capitais brasileiras e percebo que, diferentemente de outras companhias Brasil a fora, a DESO é uma empresa pública que tem as contas equilibradas e dá lucro. Aliás, pelo que sei é o governo do estado que deve aproximadamente R$ 70 milhões à companhia.

E por que tanta reclamação? Como vereador de Aracaju estou sempre nas ruas, converso com moradores e vejo que a revolta não é contra a companhia, mas contra quem faz o serviço em nome da Deso. E por que isso acontece? Estamos no quinto mês do mandato do governador Fábio Mitidieri e ele nesse tempo já tem um diagnóstico fechado sobre a DESO? E é um é caso irreversível. Será? Acredito que antes é preciso conhecer a Companhia de Saneamento por dentro e por fora, e também saber quem faz os principais serviços que a população reclama.

Quando o governador Fábio Mitidieri diz que a população está “por aqui” com os serviços da Deso e que a alternativa é passar o controle da distribuição de água no estado de Sergipe para iniciativa privada, ele esquece de um detalhe: há um bom tempo que o setor privado já detém o controle dos serviços da Deso.

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