Os desafios da rastreabilidade na indústria alimentícia

Quando o assunto é distribuição de alimentos e bebidas, os fabricantes devem contar com um método eficaz e transparente que acompanhe toda a jornada do produto, desde a fabricação até a última etapa, que é o consumidor final. Obrigatória desde 2015, quando foi implementada a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 24, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a rastreabilidade, mesmo seis anos após a sua obrigatoriedade, continua trazendo vários desafios para as indústrias alimentícias.

Mas, antes de falar dos obstáculos propriamente ditos, é importante salientar que rastrear alimentos é reconhecer o histórico de qualquer mercadoria. Ou seja: através deste procedimento é possível saber onde, quando e por quem foi produzido um produto em todo o supply chain. Em suma, é como se fosse uma “árvore genealógica” de tudo o que ocorre com um alimento, antes mesmo da sua concepção. Isso permite que o consumidor saiba a origem daquilo que consome e possa identificar possíveis perigos à saúde, assim como valores nutricionais utilizados na produção – o que é importante para restrições alimentícias, éticas ou religiosas.

Então, como no sistema de rastreamento são várias as informações, que começam no produtor, passando pelo fabricante, depois pelo distribuidor até o varejo que vai comercializar o produto, hoje, o grande gargalo está na dificuldade de personalização de softwares, afinal, cada empresa é única e tem necessidades diferentes.

Na empresa Sabor & Sabor Alimentos Congelados, a rastreabilidade foi vista como positiva em duas ocasiões: na primeira, por falha operacional foi esquecido o item sal em um lote de pão de queijo, quando do teste diário feito pelo setor de qualidade foi possível identificar imediatamente quais clientes haviam recebido os produtos e, antes mesmo que eles soubessem do problema, a substituição foi feita.

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