Novo relatório apresenta estratégias mais eficientes para adotar uma alimentação vegetal

Um relatório publicado recentemente pela Faunalytics apresenta uma análise das barreiras mais frequentes que novos veganos e vegetarianos encontram e das estratégias mais eficientes para superá-las. Depois de entrevistarem 222 participantes, os pesquisadores descobriram que entre os obstáculos mais mencionados estão inseguranças sobre a saúde e dificuldades de incorporar o veganismo à própria identidade.

“Muitas pessoas não estão familiarizadas com os benefícios que uma alimentação vegetal oferece à saúde e têm dificuldades em encontrar apoio em seu grupo social quando decidem se tornar veganas. Mas a boa notícia é que há uma forte comunidade em torno desse estilo de vida, que fornece dicas nutricionais gratuitas e apoio social”, afirma Fernanda Vieira, diretora de Políticas Alimentares da Sinergia Animal. No Brasil, a comunidade de ativistas da Sinergia Animal (www.sinergiaanimalbrasil.org/ativistas) está empenhada em incentivar e acolher pessoas interessadas no estilo de vida vegano.

Um mito frágil
Segundo o estudo, pessoas que possuem dúvidas sobre questões de saúde durante a transição a uma alimentação vegetal têm três vezes mais chances de abandoná-la nos primeiros seis meses.

“A maioria de nós cresceu sendo ensinada que precisamos do leite de vaca para obter cálcio e da carne para obter proteína, por exemplo, e que sem eles ficaríamos fracos. Isso não poderia estar mais distante da verdade”, afirma Vieira. “Alimentos como sementes de gergelim, grãos de soja e espinafre são ótimas fontes de cálcio. Tratando-se de proteínas, há inúmeras opções vegetais que podem ser facilmente encontradas em qualquer supermercado ou feitas em casa, como o tofu, feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha e muitas outras que não são apenas livres de crueldade como também mais saudáveis que a carne”.

Enquanto a Organização Mundial da Saúde classifica a carne processada como cancerígena, estudos científicos mostram que uma alimentação baseada em vegetais está associada a efeitos preventivoscontra cânceres do sistema digestivo e a um risco 32% menor de mortalidade por doenças cardiovasculares.

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