Agbara significa potência, força e poder. Com este nome imponente, nasce o primeiro fundo de apoio a mulheres negras e indígenas do Brasil. O Fundo Agbara sobressai por seu objetivo de potencializar o maior número possível de empreendedoras negras e indígenas, viabilizando independência financeira e emocional. Seu papel vai mais além ao surgir como uma resposta à falta de políticas públicas direcionadas a esses públicos e suas comunidades.
Criado em meio à crise econômica intensificada pela pandemia do coronavírus, o projeto criado por mulheres do interior de São Paulo arrecada doações para transferência de renda tanto na capital quanto em outras cidades do interior, como Hortolândia, Sumaré, Americana e Paulínia. A iniciativa é recente. Lançado em setembro de 2020, já soma mais de 270 doadores recorrentes cadastrados. Também já recebeu mais de 200 inscrições e beneficiou mais de 10 mulheres.
O Fundo Agbara ainda tem como premissa a elaboração de ações contínuas e cotidianas de combate efetivo do racismo institucional e estrutural. Também atua para ajudar as mulheres a serem independentes e conseguirem se libertar de relações abusivas e ciclos de violência.
Diretora-executiva e uma das fundadoras do fundo, a educadora Aline Odara afirma que a organização fornece algumas assessorias. “Estamos cadastrando parceiros que queiram oferecer assessorias dos mais diversos tipos. E, para depois da pandemia, temos feito uma reserva financeira para preparar cursos de aprimoramento para essas mulheres”, salienta.
Outra fundadora, a publicitária Fabiana Aguiar acrescenta que a iniciativa abrange também o sentimento de acolhimento e apoio trazido pela rede.
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