Minas enfrenta clima e passa os 22 milhões de sacas de café em 2022

Os produtores de café do estado de Minas Gerais consolidaram a safra de 2022 e mesmo atravessando uma queda na produtividade devido a fatores climáticos, mantiveram a posição de principal fornecedor do País, segundo informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A cafeicultura mineira enfrentou condições climáticas adversas, como seca e geada, que atingiram as lavouras em 2021 e colheu 22,03 milhões de sacas de café.

“O resultado é equivalente a 44% da produção nacional, sendo o maior estado produtor. A safra mineira atual foi impactada negativamente pelas diversas intempéries climáticas ocorridas no Estado. Esperamos que estes eventos não voltem a ocorrer e que, na safra de 2023, possamos superar os desafios”, ressalta Thales Almeida Pereira Fernandes, Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA). Entre os problemas já identificados que podem impactar o próximo ano está o déficit hídrico verificado em algumas regiões.

Apesar das adversidades, a safra deste ano obteve resultado superior a contabilizada em 2021, quando os cafeicultores alcançaram 21,45 milhões de sacas, o que correspondeu a 46% da safra nacional do período. É fato que Minas Gerais conta com uma rede de apoio aos cafeicultores, incluindo programas para qualificação profissional, desenvolvimento de técnicas, estímulo à produção mais eficiente e limpa, e procedimentos de análise da qualidade de grãos, desenvolvidos por diversas entidades e que têm trazido resultados positivos e auxiliado nos momentos de adversidades.

No caso da SEAPA e seus vinculados – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater-MG, Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Minas Gerais (Epamig) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) – diversas iniciativas para melhorar o trabalho dos cafeicultores podem ser elencadas, caso do “Programa Certifica Minas Café”, que orienta os produtores a adequar as propriedades às normas internacionais de práticas agrícolas; o “Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais”, para reconhecimento dos melhores grãos; o “Circuito Mineiro de Cafeicultura”, composto por palestras e eventos técnicos para produção mais eficiente e rentável; a “Assistência Técnica Agronômica e Associativa”, prestada pela Emater-MG para gestão sustentável e boas práticas agronômicas, com uso de metodologias participativas e recursos como crédito rural, dias de campo, cursos, dentre outros.

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