Maioria das mulheres e negros alega não ter oportunidades iguais quando comparado aos colegas de profissão

De acordo com a última Pesquisa dos Profissionais Brasileiros realizada pela Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos de forma gratuita, os profissionais ainda sofrem discriminação e perdem oportunidades no mercado de trabalho por conta de sua raça ou gênero. Dos trabalhadores ouvidos pelo levantamento, 54% do sexo feminino alegam, em algum momento da carreira, não terem tido oportunidades iguais quando comparadas às dadas aos colegas de trabalho. Além disso, 58% dos profissionais negros, entre homens e mulheres, também disseram não ter as mesmas chances.

Ainda em relação às oportunidades oferecidas, quando separamos os respondentes por raça apenas os profissionais brancos, em sua maioria (51%), alegam que tiveram igualdade nesse quesito. Além dos 58% dos negros, 50,1% dos pardos e 57% dos indígenas responderam “não” quando perguntados se as suas oportunidades sempre foram iguais quando comparadas às dadas aos seus colegas de trabalho.

“Infelizmente o mercado de trabalho ainda discrimina profissionais pela sua raça ou gênero, o que é inadmissível. O fato de mulheres e negros terem menos oportunidades do que profissionais homens e brancos é mais uma prova disso. E isso não está restrito ao mercado de trabalho, é um reflexo da sociedade que precisa urgentemente rever os seus conceitos”, lamenta a Gerente Sênior da Catho, Bianca Machado.

Outro dado importante revelado pela pesquisa é que, 40% das mulheres declararam já ter sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, 7% a menos do que os respondentes do sexo masculino (33%). Dentro desse recorte, os profissionais negros, mais uma vez, aparecem como os mais prejudicados. Dentre todas as raças esses trabalhadores são os que mais relataram já ter sofrido discriminação, somando 48% dos respondentes. Em seguida temos os indígenas com 38%, pardos com 35,1% e por último os brancos com 35%.

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