Inteligência artificial na arquitetura: ferramenta traz insights para ambientes e prévia das reações dos usuários

Em meio a uma realidade na qual a tecnologia avança de maneira assombrosa, a inteligência artificial vem conquistando protagonismo com ferramentas que impressionam pela capacidade de organizar informações com extrema velocidade, além de ajudar as pessoas a simplificar tarefas no trabalho e nas atividades do cotidiano. Uma das áreas que tem sido beneficiada por isso é a da arquitetura, que viu aumentar as possibilidades de antecipar e agilizar as concepções projetuais para criação de ambientes mais humanizados.

Esse novo panorama é destacado pelo arquiteto e urbanista Lorí Crízel, especialista em neurociências e comportamento humano, que exalta a importância da inteligência artificial como um facilitador para a execução dos projetos, além de oferecer novas alternativas a serem analisadas no momento de definir as características adotadas para um determinado espaço físico. Crízel faz referência a plataformas como a NEURO AI, ainda em fase de testes, mas já com previsão de lançamento nos próximos meses, para auxiliar profissionais tanto no âmbito projetual quanto no segmento de neuroarquitetura.

Presidente da ANFA (Academy of Neuroscience for Architecture) no Brasil e autor do primeiro livro do país sobre neurociência aplicada à arquitetura, design e iluminação, o especialista ressalta que já existem diversas ferramentas de inteligência artificial que se utilizam de diferentes fontes de pesquisa. Isso poderá concatenar vários bancos de dados e diversas informações de biofeedback (método que mede as reações do corpo em determinadas situações).

“De modo geral, nós temos várias inteligências artificiais que, se bem utilizadas, podem configurar um universo auxiliar muito interessante no escopo projetual. Lembrando que a inteligência artificial, apesar do próprio nome indicar o contrário, é ‘burra’ no sentido de que realiza um trabalho apenas mecânico, porém em altíssima velocidade. Se você não souber fazer as perguntas corretamente, as respostas não serão tão boas. O fator humano é de extrema importância para dar o direcionamento para que esse mecanismo funcione”, explica Crízel.

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