Instituto de Cosmetologia desenvolve filtro para proteger a pele da radiação das luzes emitidas por telas

Durante a pandemia, as recomendações para o isolamento social intensificaram o trabalho em home office, as aulas virtuais, os encontros a distância e, com isso, aumentaram de forma significativa o tempo em que se passa diariamente diante das telas dos celulares, dos computadores e também da televisão. Estes equipamentos eletrônicos, observa o especialista em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lucas Portilho, emitem luzes que, entre outros danos, enfraquecem as células responsáveis por sintetizar colágeno e elastina. “Este enfraquecimento resulta no envelhecimento precoce da pele”, pontua. Segundo o especialista, da mesma forma em que se utilizam filtros solares como medida efetiva para proteção contra os efeitos danosos dos raios UVA e UVB, é essencial aplicar uma barreira que bloqueie as luzes emitidas pelos monitores. À frente de uma equipe de formuladores, Portilho desenvolveu o Sérum antiluz de telas. Específico para ambientes indoor, o produto é inovador por oferecer proteção não apenas contra a radiação azul, como os filtros que estão no mercado, mas também sobre as luzes verde e vermelha, que provocam efeitos devastadores na pele.

Dados pré-pandemia mostram que as pessoas passavam 3,2 horas diárias, em média, utilizando celulares. “Por estarmos mais em casa, o período de uso do aparelho aumentou bastante de um ano para cá”, observa Lucas Portilho. “Hoje, 84% dos usuários de smatphones também assistem simultaneamente à televisão, o que intensifica, significativamente, o tempo de exposição às radiações emitidas por estes equipamentos”, exemplifica.

Os efeitos da exposição às luzes azul, verde e vermelha provenientes das telas de celulares, computadores e TV mereceram estudos científicos na fundação francesa Gattefossé. Simulando as radiações emitidas pelos equipamentos eletrônicos, pesquisadores comprovaram que o organismo se ressente com a ação de enzimas que degradam o colágeno e a elastina. Da mesma forma, a formação de radicais livres aumenta e provoca inflamações cutâneas. Também as mitocôndrias, que atuam como usinas de energia das células da pele, sofrem danos quando em contato excessivo com essas luzes.

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