Implantes de silicone: menos é mais?

Durante a última década com certeza o foco do tamanho dos seios era uma questão de volume, quanto mais melhor. Todos vimos a onda dos seios exageradamente grandes e perceptivelmente alterados por um bisturi. Mas agora a tendência do minimalismo também chega às salas de cirurgia. O foco não é mais ter implantes que deixam os seios com um formato arredondado e durinho, mas sim com uma aparência mais natural e modelada. “Cada vez mais pacientes chegam até o consultório procurando mais uma correção do formato do que um aumento significativo na medida do sutiã”, comenta a cirurgiã plástica Patricia Marques, especialista em reconstrução de mamas pelo hospital Santa Creu I Sant Pau de Barcelona.

A resposta para ter os seios mais simétricos ou levantados e ainda assim não parecer óbvio que houve um processo cirúrgico, são os implantes pequenos. A médica ainda destaca que o formato em gota, não circular, reforça ainda mais a aparência inalterada. “A técnica de remodelagem consiste em criar um formato de ‘pêra’, com mais volume embaixo do que em cima,” explica doutora Patricia. Isso faz com que seja possível consertar um desvio na direção dos seios, ou mamilos assimétricos.

Hoje, apesar de ainda existir preconceito sobre o silicone justamente pelo formato que foi moda durante muitos anos, as pessoas começaram a entender que uma mudança no corpo não precisa ser feita apenas para beneficiar o olhar externo, e sim para conquistar uma felicidade interior.

Dra. Patricia ainda enfatiza que todos os passos da pré-cirurgia são discutidos e aprovados por cada paciente, e se um resultado orgânico é o que a pessoa escolheu, não há com o que se preocupar. “Acredito que além de encontrar um profissional qualificado, quando falamos de estética, é essencial também que exista um diálogo aberto e sincero entre as duas partes,” conclui a especialista.

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