Idosos representam mercado em crescimento na Odontologia brasileira

A Odontologia, assim como todas as profissões, tem seus desafios e algo que tem chamado atenção dos cirurgiões-dentistas é um nicho de mercado que vem demandando cada vez mais: o de atendimento geriátrico. Isso porque a população idosa tem crescido, graças ao aumento da longevidade decorrente de uma melhor qualidade de vida e dos cuidados de saúde mais frequentes e acessíveis. Tanto é que, de 2012 a 2018, a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O envelhecimento é natural e é muito gratificante atender o público idoso. Todo profissional de Saúde deve ter como base de seu trabalho a construção das relações humanas e da comunicação com o paciente, seus familiares e cuidadores. Com os idosos, essa premissa fica ainda mais evidente”, comenta Denise Tibério, especialista em Periodontia e Odontogeriatria e presidente da Câmara Técnica de Odontogeriatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).A própria especialidade da Odontologia é uma jovem quando comparada ao objeto de seus estudos. Afinal, a Odontogeriatria foi reconhecida como campo odontológico em 2002 e de lá para cá muita coisa mudou. “A saúde bucal do idoso já não é mais a mesma de 20 ou 30 anos atrás. E muitas novidades ainda estão por vir, por conta do novo estilo de vida e até do investimento maior que tem sido feito por quem busca um sorriso bonito e saudável, com implantes e próteses. Isso faz com que o desafio seja constante. A gente estuda o comportamento e os hábitos do idoso de hoje, de olho no idoso de amanhã”, explica a cirurgiã-dentista que também é coordenadora do Grupo de Trabalho de Odontologia Domiciliar do CROSP.