Forever 21: de US$ 4,4 bilhões em receitas ao colapso do negócio

A Forever 21 já foi uma das varejistas de moda que mais cresceram nos Estados Unidos. A empresa transformou seus fundadores em bilionários, estabeleceu-se como uma potência no mundo do chamado “fast fashion” e, no auge, gerou US$ 4,4 bilhões em receita.

Mas a empresa anunciou que vai pedir a recuperação judicial neste domingo (29) nos EUA. O objetivo até então era alcançar os US$ 8 bilhões de receita até 2017 e abrir 600 novas lojas em três anos. Mas a expansão agressiva da empresa também levaria à sua queda.

Parte do que tornou a Forever 21 popular em primeiro lugar foi seu modelo de atuação dentro do segmento de moda. Embora seus produtos sempre tenham sido produzidos em massa, eram vendidos por tempo limitado, o que dava a sensação de serem peças únicas.

No entanto, à medida que a empresa se concentrava em crescer, seus estilos se tornaram cada vez mais “pré-fabricados”, mais comuns. Como resultado, a Forever 21 começou a perder o contato com seus principais clientes, enquanto concorrentes como Hennes & Mauritz (H&M) e Zara cresciam.
Não sendo mais uma criadora de tendências, a Forever 21 foi ficando para trás. O comércio eletrônico continuou a crescer, e varejistas tradicionais, como a empresa do casal coreano, lutaram para se adaptar às mudanças no comportamento do consumidor.

De acordo com uma pesquisa de março deste ano, a Geração Y faz 60% de suas compras online e, em geral, prefere fazer compras online do que ir a uma loja física, segundo dados do site Business Insider. No entanto, mesmo em meio a essas transformações, a Forever 21 continuou abrindo novas lojas até 2016, expandindo até as lojas existentes para ocupar vários andares com seções para homens, crianças e itens para a casa. O que poderia ajudar a explicar por que as vendas da empresa caíram cerca de 25% em 2018, segundo o site americano.

Além disso, o casal Chang, que ainda é proprietário da empresa, perdeu mais de US$ 4 bilhões de seu patrimônio total. A empresa agora está com US$ 500 milhões em dívidas e entrou com o pedido de recuperação judicial no último domingo (29).

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