Estudos apontam que a cirurgia oncoplástica contribui no tratamento do câncer de mama

Com contribuições de especialistas da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), dois estudos lançam luz sobre a cirurgia oncoplástica. A modalidade, que associa princípios de intervenções oncológicas conservadoras e técnicas de cirurgia plástica para melhorar aspectos estéticos em tratamentos de câncer de mama, mereceu abordagens distintas nos trabalhos publicados recentemente. Ambas, porém, concordam que os resultados da cirurgia oncoplástica influenciam a autoimagem corporal e a qualidade de vida das mulheres. O artigo “Os resultados estéticos foram mais satisfatórios após a cirurgia oncoplástica do que após a reconstrução total da mama, de acordo com pacientes e cirurgiões” foi publicado na revista médica The Breast. Um dos autores, o mastologista Régis Paulinelli, sócio titular da SBM, compara resultados estéticos entre mastectomias, reconstruções mamárias totais e cirurgias oncoplásticas.

“Acredito que este trabalho é importante, pois existe certo preconceito por parte do cirurgião e também das pacientes em fazer o tratamento conservador com a reconstrução parcial da mama”, afirma Paulinelli. Em alguns casos, destaca o mastologista, o procedimento conservador é até mais seguro que a mastectomia.

A pesquisa foi realizada com 760 mulheres diagnosticadas com carcinoma invasivo de mama ou tumor filoide, operadas por mastologistas e cirurgiões plásticos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Hospital de Câncer Araújo Jorge, em Goiânia (GO). Ao retornarem para avaliação seis meses após as cirurgias, no período de junho de 2014 a maio de 2022, 405 pacientes que se submeteram a reconstruções parciais (oncoplásticas), e 355 que passaram por reconstruções totais, expressaram suas percepções sobre os resultados das intervenções.

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