Estudo comprova melhoria de rentabilidade em granjas e agroindústrias com uso correto de anticoccidianos

O uso de aditivos anticoccidianos como ferramenta de controle e prevenção da coccidiose na avicultura foi objeto de um estudo desenvolvido em granjas de Minas Gerais, que analisou os reflexos do uso prolongado do produto nos ciclos produtivos das aves. Com o título de “Teste de sensibilidade aos anticoccidianos para Eimeria maxima de granjas no Estado de Minas Gerais”, a pesquisa foi apresentada no Prêmio José Maria Lamas da Silva, durante a Conferência FACTA WPSA-Brasil em 2021. Gleidson Salles, Assistente Técnico Sênior na Zoetis e um dos autores do estudo conta que, para todo o desenvolvimento do trabalho foi realizado um delineamento experimental adequado ao propósito da pesquisa. Focando em avaliar a eficácia dos principais anticoccidianos utilizados no Brasil frente a um isolado de Eimeria maxima de campo, o estudo foi iniciado com a coleta de materiais em granjas.

“Na primeira etapa, realizamos a identificação das granjas que apresentavam desafios de Coccidiose, além de analisar a necropsia de alguns animais para verificar a prevalência das espécies de Eimeiria. Após essas observações, foram coletadas fezes de aves em diferentes galpões e enviadas para o centro de Pesquisa Veterinária em Amparo – SP (CAPEV)”, relata o autor do estudo, Gleidson Salles.

Na sequência, o estudo trabalhou na quantificação dos oocistos de Eimeiria e na identificação da espécie mais prevalente. A pesquisa também focou na contagem dos oocistos por meio de um pré-teste que teve o intuito de identificar a dose desafio que causasse lesão intestinal de grau 2-3 nas aves.

“Após identificada a dose adequada, foi realizada a sua aplicação (aos 12 dias) em animais que haviam recebido diferentes tratamentos de ionóforos e sintéticos comerciais. A última etapa da pesquisa ocorreu aos 21 dias, com a finalização do experimento através das necropsias. No total, 10 tratamentos foram testados e comparados entre si através do ganho de peso diário, conversão alimentar e IEP”, explica o pesquisador.

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