Empreendimentos que incorporam marcas de luxo devem dobrar até 2027, especialista analisa tendência

O mercado imobiliário tem se mostrado como um dos mais rentáveis dos últimos anos. No Brasil, as vendas de imóveis novos cresceram 9,2% em 2022 (na comparação com o ano anterior). Os dados foram divulgados em março de 2023 pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). De acordo com a Abrainc, foram negociadas 156,7 mil unidades no ano passado, o que representou o maior volume da série histórica da pesquisa, que foi iniciada em 2014. O que alavancou o resultado para cima foram os segmentos de médio e alto padrão (MAP), que tiveram uma alta bastante expressiva de 67% nas vendas. Para se ter uma ideia de como o resultado dos imóveis MAP são importantes, eles chegaram a representar quase 30% de todas as vendas de imóveis nos dez primeiros meses de 2022. A melhoria gradativa da economia brasileira e a boa rentabilidade destes empreendimentos estão dentre as justificativas para o aumento nas negociações.

E particularmente no setor de alto padrão, uma tendência em específico tem chamado à atenção dos compradores: os projetos imobiliários assinados por grandes marcas. Companhias luxuosas de setores como moda e automobilístico estão se destacando pelas parcerias com construtoras para lançar prédios, hotéis e condomínios que carregam não somente o nome, mas todo o lifestyle e design exclusivos que as empresas oferecem. Jennifer Chen, que possui vasta experiência no mercado de luxo, na indústria da moda, e tem destaque no setor de investimentos e no ramo imobiliário, explica o motivo desse movimento. “O público de alto padrão quer além de conforto para a família, uma experiência exclusiva associada a marcas que já são conhecidas por eles e que fornecem uma extensão de outros produtos e serviços de qualidade, que vão além de carros, relógios, bolsas e roupas”.

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