Dor no couro cabeludo é queixa cada vez mais frequente

Tricodinia é o nome que se dá ao quadro de dor no couro cabeludo. O nome é pouco popular, mas, segundo o médico e tricologista Dr Ademir Leite Junior, o maior número de pacientes que tem o procurado é um alerta para dar atenção ao quanto esse problema pode estar afetando as pessoas em geral. O especialista em saúde capilar tem aprimorado seus estudos sobre o assunto e explica os motivos que causam o quadro de dor no couro cabeludo.

“Em meus estudos encontrei dois artigos interessantes sobre o tema. Um de 2012 e outro de 2009. Ambos apresentam certas similaridades, avaliam a possibilidade de dosagens sanguíneas de zinco, folato, vitamina B12 e aspectos psicológicos estarem envolvidos no processo de aparecimento do quadro. Os dois estudos incluem em suas avaliações amostras de pacientes com queda capilar telógena e difusa”, explica Dr Ademir.

O tricologista identificou mais pontos de semelhança entre os estudos e suas conclusões, mas alerta para o ponto oposto: as discordâncias quanto a relação entre ansiedade e a tricodinia. No artigo de 2012 não há a relação, mas no artigo 2009 ela já é apontada por meio da depressão e outros transtornos como motivadores ou agravadores do quadro. Voltando as concordâncias, “os dois artigos, em suas introduções, concordam com o fato de que boa parte das vezes a tricodinia com suas variações sintomatológicas, como dor, formigamentos, sensibilidade ou desconforto no couro cabeludo, não manifestam motivos identificáveis à inspeção da área onde o referido quadro acontece. Ou seja, nem sempre encontraremos pacientes com queixa de dor no couro cabeludo apresentando alguma lesão no mesmo. Por conta disso, credita-se que fatores psicoemocionais possam estar envolvidos no quadro”, complementa o especialista. Embora os artigos tenham sua importância nas atualizações do seu repertório profissional, Dr Ademir ressalta que o que acumula de experiências, observações e práticas em consultório tem valia primordialmente em se adiantar as tendências na sua área. “Em minha prática clínica, concordo com os estudos de 2003 e 2009, pois não apenas é passível de percebermos que pode haver um componente psicoemocional vinculado à tricodinia, como também a dor no couro cabeludo piora ou fica mais resistente ao tratamento quando estados ansiosos, depressivos ou outros comportamentos psiquiátricos se agravam”, pontua.

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