Doença inflamatória pélvica (DIP) pode afetar a fertilidade feminina

A gravidez é o sonho de muitas mulheres. Mas algumas doenças e condições podem provocar consequências significativas e afetar a saúde reprodutiva. A Doença Inflamatória Pélvica (DIP), é uma delas. Estima-se que a condição acomete 3,8% das mulheres entre 15 e 73 anos e afeta de maneira mais intensa as mulheres em idade reprodutiva. Isso porque na maioria das vezes, está associada a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A DIP é uma das causas mais comuns da infertilidade feminina. A doença geralmente é silenciosa, mas provocar sintomas, como dor na pelve e desconforto durante a relação sexual. O diagnóstico precoce evita o comprometimento dos órgãos do sistema reprodutor e reduz o risco de infertilidade e outras complicações durante a gestação. A doença tem cura e o quanto antes a DIP for diagnosticada e tratada, melhor e mais efetivo será o tratamento.

“A dificuldade para engravidar é uma das complicações mais graves da ausência de tratamento. Nos casos mais graves, a infecção pode causar abscessos, aderências e obstruções nas tubas uterinas. Se as bactérias atingirem o útero, a doença também pode afetar a receptividade endometrial”, alerta o médico Agnaldo Viana, do IVI Salvador.

A infecção causada pela DIP se dá pela entrada de microrganismos pelo canal vaginal. Eles se espalham para os demais órgãos do sistema reprodutor (útero, tubas uterinas e ovários). É uma complicação causada, normalmente, por uma Infecção Sexualmente Transmissível, através do sexo desprotegido (as mais comuns são clamídia e gonorreia não tratadas). De forma rara, procedimentos como a inserção de dispositivo intrauterino (DIU), a biópsia uterina ou uma curetagem também podem causar o problema.

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