Desperdício na indústria da moda: 30% das roupas produzidas nunca são vendidas

lógica de superprodução da indústria da moda impacta diretamente o meio ambiente com uso excessivo de recursos não renováveis e acúmulo de resíduos. Dados do Overproduction: Taboo in Fashion mostram que 30% das roupas produzidas nunca são vendidas e um terço só sai das lojas com desconto. Outro número da empresa de impressão on demand Printful mostra que 1 em cada 5 peças de roupas produzidas são descartadas sem nunca serem usadas. Para a TUDU, retailtech brasileira que nasceu com a proposta de vender roupas e objetos somente sob demanda e desafiar a produção em massa, mudar essa lógica é urgente.

“Os impactos da indústria têxtil são devastadores e a dinâmica da cadeia de produção atual não faz sentido. Além da utilização de recursos finitos como a água e também a emissão de toneladas de gases de efeito estufa e geração de toneladas de resíduos, as empresas investem na produção de peças que, como mostram os números, nunca serão vendidas ou utilizadas”, acrescenta Fabio Zausner, CEO da TUDU.

Os dados reunidos pela empresa americana ShareCloth mostram os impactos dessa superprodução na indústria da moda: de acordo com o relatório, são produzidas 150 bilhões de peças por ano na indústria da moda global. No entanto, já foi possível confirmar que pelo menos 30% dessas peças nunca são vendidas. O resultado disso é que mais de 12,8 mil toneladas de roupas são enviadas para aterros sanitários anualmente.

Também são produzidos, anualmente, 92 milhões de toneladas de resíduos sólidos com 98 milhões de toneladas de recursos naturais, além da emissão de 1,2 milhão de toneladas de gases de efeito estufa na produção têxtil. Fora o desperdício na produção, também há a perda desperdício na utilização das peças, especialmente com o conceito de fast fashion ou moda rápida: a economia global perde US$ 460 bilhões por ano porque as pessoas jogam fora roupas que poderiam continuar sendo utilizadas.

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