Crianças de até 2 anos são o principal grupo de risco para a otite silenciosa

A otorrinolaringologista Dra. Viviane Martori Pandini explica os principais sintomas da doença e indica formas de tratamento

A otite média serosa, secretora, de efusão ou mais popularmente conhecida como otite silenciosa é uma infecção que ocorre quando há acúmulo de líquido (secreção) na orelha média, localizada atrás do tímpano. Embora seja um problema capaz de atingir pessoas de todas as idades, a otorrinolaringologista pediatra Dra. Viviane Martori Pandini explica ser uma condição comum em crianças de até 6 anos de idade, ocorrendo mais frequentemente até os dois anos.

“Os pequenos se encontram em um grupo de risco mais fragilizado, especialmente por ainda possuírem uma tuba auditiva (comunicação entre ouvido e nariz) imatura. Importante ressaltar que a doença não causa sinais inflamatórios agudos, como febre ou dor. Apesar de ser a causa mais frequente de diminuição da audição na infância, quando tratada de forma adequada é reversível”, explica a especialista.

Entre as principais causas que podem levar ao desenvolvimento da doença, estão a hipertrofia adenoideana, rinite, sinusite (ou qualquer obstrução nasal), uso frequente e prolongado de chupeta e mamadeira e o hábito de mamar deitado. “Assoar ou fungar o nariz com muita força também são prejudiciais e gatilhos para o problema, assim como o uso incorreto de dispositivos de lavagem nasal, principalmente seringas”, comenta Dra. Viviane. A otorrinolaringologista ainda diz que embora a doença, em alguns casos, não provoque sintomas, os pacientes podem apresentar alguns sinais que sinalizam que algo está errado com a criança, como diminuição da audição, atraso da fala nos pequenos que estão em fase de desenvolvimento de linguagem, e otites (infecções de ouvido) de repetição, que necessitam de um uso frequente de antibióticos. Já os tratamentos mais indicados envolvem cuidar do nariz, resolvendo as patologias dessa parte do corpo, além de evitar o uso de chupeta e mamadeira e desestimular o hábito de mamar deitado. “Se após o tratamento clínico ocorrer persistência do líquido ou secreção, pode ser necessária a intervenção cirúrgica, como a colocação de drenos nos ouvidos.”

Quem é Dra. Viviane Martori Pandini?
Especializada em Otorrinolaringologia pediátrica pela Universidade de São Paulo (USP-SP), a Dra. Viviane Martori Pandini também é professora na disciplina de Otorrinolaringologia na Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Atualmente atende em consultório próprio, também em Jundiaí, SP.

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