Com bares e baladas fechados, o consumo em casa de bebidas ainda continua baixo

Com restaurantes, bares e baladas fechadas, pessoas ao redor do mundo trocaram o consumo de bebidas alcoólicas na rua pelo conforto do lar. No Brasil, sites como Evino e Clube do Malte têm registrado crescimento em pedidos desde o início da quarentena, por exemplo. No Clube do Malte, as vendas cresceram 70% em abril e o número de clientes assinantes cresceu 56% entre o primeiro e o segundo bimestre. A Evino viu os pedidos crescerem 20% entre fevereiro e março em relação a 2019 e um aumento de 72% em novos clientes no período.

No mundo não é muito diferente, com países observando o fenômeno de pessoas “estocando bebidas” para o isolamento. Na Rússia, as vendas de vodca subiram 65% em março, segundo a consultoria GfK. Nos Estados Unidos, no início de abril as vendas de bebidas com entrega em domicílio cresceram 387% em relação a 2019, segundo levantamento da Nielsen.

A alta no delivery, contudo, não tem compensado a queda no faturamento geral das empresas de bebidas. A Ambev registrou queda de 9,1% no volume vendido no Brasil primeiro trimestre de 2020. A receita da companhia no Brasil também caiu 9,6%, para 6,5 bilhões de reais.

Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), entre 15 e 31 de março o mercado de cachaça, cerveja e vinhos teve queda de 52% no faturamento. Quarenta por cento das empresas do setor afirmaram que já sentiram retração em seus negócios. O período coincide com o fechamento dos estabelecimentos comerciais no Brasil. De acordo com a KPMG, 61% do consumo de bebida alcoólica no Brasil acontece em bares e restaurantes.

A Redação