Co-diretora do filme “Undiagnosed” relatou suas experiências com doenças raras e não diagnosticadas em webinário promovido pela SBGM

A exibição do filme Undiagnosed- the future of medicine em 8 capitais do Brasil foi uma lição de vida. A iniciativa promovida pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) integrou as celebrações do Dia Mundial das Doenças Raras. A co-diretora do longa-metragem, a psicóloga Katia Mortiz, conversou de forma on-line com presidente da SBGM, Ida Schwrtz e com o diretor Científico da SBGM, Dr. Salmo Raskin. Katia contou sua história e sua experiência pessoal com uma doença não diagnosticada, relatando que sua jornada com a doença se iniciou em 2010 e que ela passou por diversos hospitais e realizou uma série de exames sem nunca ter nenhuma conclusão. A psicóloga afirma que uma das partes mais difíceis da doença é não ter uma comunidade, não saber com quem falar e se sentir desamparada. A produção do filme se iniciou após a participação de Katia em uma rádio quando ela decidiu compartilhar sua história com uma doença não diagnosticada e relevar que queria produzir um filme. Assim, ela começou a receber diversas ligações de pessoas que também queriam compartilhar suas histórias. O longa-metragem começou a ser construído entre os anos de 2012 e 2013 e demorou 9 anos para ser finalizado. No webinário, Katia relatou que receber o diagnóstico de uma doença muda tanto a vida dos pacientes, quanto a de suas famílias, pois mesmo que seja um diagnóstico difícil, facilita no planejamento de como agir a partir daquele momento, saber o que é necessário para o tratamento e também é possível fazer parte de uma comunidade de pessoas e de não se sentir solitário.

“Ter o diagnóstico é a esperança. Se você não tem o diagnóstico, você está perdido. É como se você não tivesse um nome’’ acrescenta a psicóloga.

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