Cirurgião estético alerta para os riscos da lipo de papada e desaconselha o procedimento

Com o aumento da exposição nas redes sociais e a busca por uma imagem cada vez mais aprimorada, não é surpresa que a procura por cirurgias estéticas faciais tenha aumentado significativamente nos últimos anos. O Brasil, segundo estudo da ISAPS, é o segundo maior consumidor de cirurgias plásticas do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Entre os procedimentos mais populares está a lipoaspiração de papada, também conhecida como “lipo de papada”. Neste artigo, vamos explorar mais sobre o procedimento estético e o que você precisa saber antes de decidir se submeter a ele. O aumento da popularidade do procedimento para aspiração de gordura localizada sob o queixo e pescoço pode ser atribuído, em parte, a celebridades que divulgaram ter se submetido à técnica. Além disso, o termo se tornou muito popular nas redes sociais, com a hashtag #lipodepapada no TikTok tendo mais de 131,3 milhões de visualizações. Segundo dados do Google, o Brasil é o país que mais pesquisa sobre o assunto na plataforma, seguido por Portugal, México e Colômbia.

Minha experiência pessoal com a lipoaspiração de papada começou há vários anos, quando o procedimento ainda era uma novidade. Como cirurgião, realizei algumas intervenções em meus pacientes e, no início, os resultados pareciam bastante satisfatórios. Porém, com o passar do tempo, comecei a notar que muitos deles apresentavam flacidez excessiva na região do pescoço, comprometendo o resultado estético. Com base nos resultados observados por outros cirurgiões, tanto no Brasil quanto no exterior, comecei a me aprofundar no estudo da remoção da papada. Embora a lipoaspiração de papada seja um procedimento estético comum no Brasil, percebi que, em outros países, essa técnica não é muito utilizada. A remoção apenas da gordura superficial costumava ser eficiente em pacientes com excesso de peso, no entanto, em muitos casos, resultava em um excesso de pele flácida a longo prazo, já que a pele também é sustentada pela gordura.

Por Dr. Rafael Evaristo, cirurgião bucomaxilofacial*