Ciclo de Palestras AMRIGS alerta: o câncer de pele pode afetar qualquer pessoa

As explicações de quem não se protege do sol são as mais variadas. “Minha pele é resistente”, “Estou acostumado ao sol” ou “Quero ficar bronzeada mais rapidamente” são apenas algumas das teorias que circulam quando as pessoas são questionadas por que não estão se protegendo. No Dezembro Laranja, o Ciclo de Palestras da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) foi dedicado a esse tema. A palestra realizada de forma online na noite desta terça-feira (14/12) trouxe dois especialistas para ilustrarem o assunto. Renato Bakos, dermatologista e professor de Dermatologia da UFRGS, coordenador do Departamento de Oncologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele em 2021, salientou que o aspecto mais importante é o diagnóstico mais cedo possível.

“Este é o grande ponto, uma vez que há possibilidades de reter o avanço da doença e até prevenir mortes”, disse. Em sua apresentação, o médico lembrou que, apesar de haver grupos de risco elevado, o câncer de pele pode afetar qualquer pessoa.

“A grande maioria dos casos de câncer de pele possui relação com exposição solar, mas há outros casos que não. Entre fatores de risco estão histórico familiar e pessoal; pessoas com pele mais clara e que ficam vermelhas com facilidade e pessoas com um número elevado de pintas”, explicou. O sol tomado ao longo da vida sem proteção é um item preocupante. Por isso, os especialistas reforçaram a importância de abordar o assunto também com as crianças, ensinando as medidas protetivas desde cedo.

“É importante ensinar a proteção solar ao filho, já que é na infância que os conceitos são fixados. Evitar a queimadura solar a todo custo é fundamental”, acrescentou Renato.

“Além do câncer de pele, o sol pode provocar queimadura, imunossupressão local e sistêmica, catarata, fotoenvelhecimento e reações fototóxicas”, finalizou. O dermatologista, Fabiano Siviero Pacheco, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, pós-graduado em Dermatologia Oncológica e coordenador no Rio Grande do Sul da Campanha Dezembro Laranja, reforçou a importância de ter a orientação com o médico dermatologista para os cuidados.

“É importante entender que o corpo bronzeado é uma defesa do corpo contra a radiação solar. A exposição solar não é apenas aquela que pegamos na praia ou na piscina. Convém lembrar que a irradiação é algo que vai se acumulando em nossa pele ao longo de toda vida. Por isso, é importante estar sempre atento. Além disso, um paciente que já teve um câncer de pele, por exemplo, precisa ter um cuidado específico usando uma proteção mais reforçada, bem como outros perfis da população específicos. Com isso tem-se um risco menor de ter uma nova lesão”, explicou.

Esta edição do Ciclo de Palestras AMRIGS contou o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Seção RS e com o patrocínio de Enlace Centro de Saúde.

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