Carla Carvalhosa apresenta obras confeccionadas com material reaproveitado, além de 30 telas de estilos diversos

Na individual que ocupa o Espaço Cultural Correios de Niterói, até o dia 30 de outubro, Carla Carvalhosa deu asas à “Liberdade”, nome da exposição. Literalmente. As asas se fazem presentes em algumas obras apresentadas, bem como na grande instalação construída com embalagens de detergente líquido reaproveitadas, o ápice da mostra, que convida o público a interagir. Sob curadoria de Márcia Costa, foram reunidas ao todo 30 telas de estilos variados – realismo, hiper-realismo, impressionismo, cubismo, abstracionismo e modernismo – e técnicas diversas, além de três esculturas compostas, tridimensionais, de papietagem em jornal e papel machê.

“Ministro cursos de pintura há 30 anos. A meu ver, tenho uma performance bastante eclética, em parte, talvez, pela diversidade de artistas que venho acompanhando durante todas essas décadas. Gosto dessa liberdade de pintar e modelar o que me emociona e não encaro apenas como uma obra, mas sim como uma parte de mim que se materializa em forma de reflexão”, afirma Carla Carvalhosa.

A artista segmenta a exposição em quatro momentos, utilizando temáticas da vida, enriquecidas com pequenos textos. No primeiro, apresenta obras que refletem a liberdade com cenas do cotidiano onde o direito de ir e vir parece não ter limites. Em seguida, mergulha no mundo subaquático, onde real e imaginário se confundem. No terceiro momento, retrata aquilo que lhe afeta, o que sustenta e fortalece em tempos de crise. Finalmente, encerra com uma instalação que representa a transcendência. Nesse espaço o público poderá interagir com a obra, e refletir sobre seus voos e o que é liberdade para cada um.

“Nesta exposição, Carla Carvalhosa expressa sentimentos em suas obras sobre o que é viver em uma época tão conturbada como esta, desafiando-se a criar em múltiplas linguagens plásticas. Carla reencanta o olhar sobre os materiais, transformando em obra de arte e dando sentido à liberdade de criar a partir de sua sensibilidade e da precisão de suas mãos”, avalia a curadora, Márcia Costa.

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