Brasil é uma potência agroambiental e precisa participar de maneira estratégica da transição energética global

O Brasil é uma potência agroambiental e precisa participar de maneira estratégica da transição energética global. Essa foi uma das conclusões do painel Geopolítica e Governança do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, que foi realizado nesta segunda-feira, dia 7 de agosto, e que contou com a participação de mais de 840 participantes no Sheraton WTC Hotel e mais de 4000 internautas que acompanharam a transmissão virtual.

“A transição para a economia verde não tem mais volta, mas, como qualquer mudança nessa magnitude vai haver retrocessos no meio do caminho. Não podemos deixar que isso nos iluda, são apenas freios de arrumação. Transitar para a economia verde é algo complexo, trabalhoso, com algumas medidas são mais drásticas e outras menos”, afirmou Roberto Azevedo (ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio – OMC).

Em sua avaliação, as políticas ambientais redistribuem um custo na economia e necessariamente encarecem o parque produtivo e, para equalizar a situação com o mercado interno, pode haver um encarecimento do produto importado. Comentou também que não existe investimento no âmbito empresarial de países desenvolvidos que não se leve em conta as emissões de carbono. “Elas próprias se impuseram disciplinas e compromissos no quesito ambiental”, disse Azevedo. Outro ponto importante trazido pelo Azevedo foi a importância de se ter uma visão integrada sobre essa transição para a economia verde, a fim de o país participar e ajudar na definição do marco regulatório global. “Precisa se entender quais os rumos que o mundo está seguindo para potencializar essa contribuição”, ponderou.

Divulgação