Brasil desenvolve tecnologia para reduzir desperdício alimentar e aumentar qualidade de vida

O Brasil acaba de dar um passo importante rumo a uma geração ainda mais saudável. A área de Pesquisa e Desenvolvimento da BRC Ingredientes alcançou após alguns anos de pesquisa a fórmula do primeiro conservante de alimentos potencialmente pós-biótico, que reduz o índice de sódio de 12,5% para apenas 1% e ainda gera uma efetividade na conservação dos alimentos 5 vezes maior que conservantes usados até então. A expectativa é que esse produto esteja disponível ao mercado até 2024. O desenvolvimento foi alvo de uma tese de doutorado apresentada na Universidade de Padova, na Itália, a meca da engenharia alimentar no mundo e diferentes artigos científicos apoiados pela BRC que há mais de 10 anos busca desde a cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, quebrar paradigmas impostos pela indústria de conservantes atuante no Brasil. “Trabalhamos para crescer, usando nosso conhecimento para reduzir a fome a partir de alimentos mais duráveis e saudáveis”, diz o CEO Lucas Costa.

“O conservante que desenvolvemos é o primeiro no Brasil a não fazer mal à saúde”, destaca o CEO que também é engenheiro de alimentos. E isso é explicado de maneira simples: com a sua efetividade maior, é necessário um menor volume de conservante para manter o mesmo tempo de validade atual. No entanto, se for mantido o volume de conservante aplicado, conforme a regulamentação vigente, será cinco vezes o tempo de vida útil de um alimento, evitando assim desperdício.

Atualmente, no Brasil, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 30% de todos os alimentos produzidos no País são jogados fora. Isso significa algo em torno de 46 toneladas de alimentos, a cada 12 meses. “Esse avanço no processo de conservação de alimentos nos dá a certeza plena de que o Brasil tem condições de reduzir drasticamente os índices de fome hoje em dia assolam o nosso País”, sentencia Costa. Com as novas características desse conservante intitulado CPPB5 há um impacto possível também no que tange à melhora na saúde do brasileiro. De acordo com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), na última década o os alimentos ultraprocessados foram consumidos 5,5% mais. E se constatou ainda pela pesquisa que 20% das calorias consumidas pelos brasileiros vêm desse tipo de alimento. Quando consumidos em excesso, os possíveis males são diversos: alergias, doenças cardiovasculares, doenças do intestino, problemas gástricos até mesmo câncer. E quando sódio entre em cena em excesso, o risco de aumento na pressão arterial sobe, além de promover inchaço, retenção de líquidos e comprometer os rins. A meta de consumo de sódio/dia estabelecida pela Organização Mundial da Saúde é de 5 gramas. Porém, atualmente o consumo diário, bate 10,8 gramas.

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