Artemisia promove evento on-line para discutir inovações no ecossistema da habitação e no empreendedorismo de impacto

O problema habitacional no Brasil tem muitas nuances. Reúne, por exemplo, desafios de regularização fundiária, do déficit qualitativo e quantitativo, ônus excessivo com o aluguel; envolve, ainda, demandas urgentes de ampliação do acesso ao crédito imobiliário e a soluções de aluguel social. Dados da Fundação João Pinheiro – com nova metodologia de cálculo do déficit habitacional e base no período de 2016-2019 – apontam que o país necessita de 5,9 milhões de novas moradias. Quando a análise recai para algum tipo de inadequação nas habitações, o número ultrapassa os 24,9 milhões. A urgência em olhar para a habitação como um elemento que impacta na saúde do cidadão e na possibilidade de acesso equânime a serviços e a políticas públicas é evidente. Para debater a temática que envolve o futuro da habitação, os seus impactos na preservação dos direitos humanos, o papel das grandes empresas e dos novos empreendedores no setor, a Artemisia correalizará o evento on-line Inovação e Empreendedorismo de Impacto para Habitação Social em 16 de setembro, a partir das 14 horas. Informações e inscrições: impactosocial.artemisia.org.br/eventohabitacao.

O evento, que está em sua terceira edição, opta por um viés propositivo, dando luz a arranjos inovadores para falar da moradia e as suas dimensões. Direito humano fundamental, o morar vai além do simples acesso a uma casa. Nessa ótica, a residência tem uma abrangência maior do que um teto e quatro paredes; interfere no acesso a serviços básicos e na relação com a cidade. As dimensões que envolvem a residência estão relacionadas tanto aos aspectos estruturais, jurídicos e financeiros quanto aos emocionais e mais subjetivos, que abarcam valores afetivos e culturais. Ao transformar positivamente o morar em um espaço dotado de segurança, dignidade e conforto, vemos um impacto transversal e positivo na vida das famílias e da sociedade. Readequar uma casa insalubre pode ser uma faísca para a transformação social.

Dentro do contexto dos déficits habitacionais qualitativo e quantitativo, é imperativo discutir cenários e caminhos para o desenvolvimento de soluções que tornem possível construir um Brasil mais habitável para todos. Desafios como esse demandam o comprometimento de diversos atores na estruturação de arranjos inovadores, que possam apontar os caminhos possíveis para a transformação do setor de habitação no Brasil.

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