O IPE Saúde vive uma crise que se prolonga há anos e vários setores da sociedade gaúcha estão engajados na sua reestruturação. Entidades médicas, representantes dos hospitais e dos servidores públicos do Rio Grande do Sul discutiram nesta terça-feira (07/03) soluções para o plano de saúde do funcionalismo do estado em uma reunião na sede da Federação dos Servidores Públicos do RS, (Fessergs). O vice-presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Dr. Paulo Morassutti, destacou que o motivo principal do encontro é a defesa do servidor que contribui para que o plano se mantenha.

“Na realidade nós estamos aqui pelo usuário do IPE Saúde. Sabemos que não vamos conseguir oferecer um serviço adequado se não houver um planejamento em relação àquilo que o IPE Saúde paga hoje para os hospitais e para os médicos. A nossa defesa vai muito além da classe médica ou dos hospitais e sim da boa saúde, das boas práticas médicas e a favor do servidor do estado porque, para ele, o IPE Saúde é fundamental”, salientou.

Durante o encontro organizado pela Fessergs, o presidente da entidade, Sérgio Arnoud, sugeriu uma lista de pautas que será levada ao Governo do Estado para inclusão no projeto de reestruturação do IPE Saúde, que vai ser encaminhado ainda em março pelo Piratini; entre elas: dobrar honorários da visita hospitalar nos hospitais credenciados; promover o reajuste das consultas médicas com um estudo junto ao governo para que haja reajustes anuais; realizar a adoção da última tabela CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos); criar câmaras técnicas com representantes de hospitais, médicos e servidores; montar pacotes com os serviços prestados pelos hospitais e trazer de volta o diálogo dos hospitais com o governo.

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