AGRONEGÓCIO: executivos americanos apontam Brasil como um dos maiores mercados no mundial de irrigação

Em visita à Goiás, três dos principais executivos da Lindsay, marca líder mundial no desenvolvimento de tecnologias para irrigação, confirmaram que o Brasil é o segundo maior mercado de seus produtos e serviços. Randy Wood e Brian Ketcham, respectivamente CEO e CFO globais da multinacional norte-americana, e Eduardo Navarro, diretor-geral da marca na América do Sul, estiveram em Goiânia na semana passada e falaram a alguns veículos de imprensa especializados no agronegócio. Na capital eles foram recebidos por Cauê Campos, CEO da Pivot, concessionária autorizada da Lindsay no País e líder nacional na venda de maquinários agrícolas e sistemas de irrigação.

Em entrevista à jornalistas do setor agro, os dois executivos americanos disseram que a Lindsay atualmente está presente em 90 países, e desses, o Brasil é o seu segundo maior mercado, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde fica a sede da marca. “Dentro do cenário nacional, Goiás é fantástico e representa o maior mercado interno de nossos produtos”, destacou Randy Wood. Ao justificar o porque o Brasil é hoje um grande mercado potencial para a agricultura irrigada, Wood ressaltou que o nosso país, além de uma enorme extensão territorial com vasto potencial agrícola e um forte mercado consumidor interno, possui um “agronegócio muito maduro e muito ligado em tecnologia”. Números do Atlas de Irrigação 2021, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostram que atualmente o Brasil possui mais de 8,2 milhões de hectares irrigados, mas tem possibilidade de avançar para mais 4,7 milhões de hectares até 2040, o que representaria um acréscimo de 51% na nossa área irrigada.

Frente à necessidade iminente de uma produção de alimentos de proporções gigantescas, haja visto o aumento da população mundial, o CEO da Lindsay avalia que a chamada agricultura de precisão é o único caminho possível para atender a essa demanda global. “Anos atrás agricultura de precisão era algo considerado muito complicado, mas hoje é muito mais acessível. E o Brasil tem aproveitado bem esse seu potencial”, afirmou o executivo. Ao destacar que a Lindsay responde hoje por uma grande fatia dos pivôs centrais comercializados nacionalmente, o CFO da marca, Brian Ketcham, afirmou que os números de agricultura de irrigação no Brasil são impressionantes e a meta para 2022 é alcançar uma fatia ainda maior do mercado brasileiro. “Além de crescer mais por aqui, queremos trazer para cá outras novas tecnologias que estamos desenvolvendo”, afirmou. O executivo americano também avaliou que a agricultura irrigada é o caminho natural e mais sustentável para o atendimento da alta demanda por alimentos no mundo. “É mais sustentável porque você tem um sistema que irá aplicar a água na hora e quantidade certa, o que reflete diretamente na produtividade, que pode aumentar em até 40%, e na qualidade. Diferente do que se possa imaginar não é também um investimento tão elevado para os produtores, já que um sistema de irrigação por pivô central, por exemplo, pode se pagar entre dois e três anos”, revela.

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