Agronegócio brasileiro é parte da solução para erradicar a fome no mundo

O mundo passa por um momento extremamente complexo, com uma profunda crise econômica, climática e geopolítica, as consequências da pandemia da Covid-19 e do confronto entre Rússia e Ucrânia, e o retorno da insegurança alimentar e da energética. “A agricultura é parte para a resolução do problema de agravamento da fome do mundo, pois ela traz o básico à população global, que é o alimento saudável”, disse Gustavo Chianca, representante adjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, durante o Fórum do Dia Mundial da Alimentação, promovido nesta segunda-feira, dia 17 de outubro.

Para Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), o setor tem priorizado essa questão, buscando produzir alimentos nutritivos com qualidade, de forma sustentável, competitiva e com boa governança. “O fortalecimento de sistemas agroalimentares eficientes e resilientes e com sustentabilidade é fundamental para atender a demanda global. Contudo, as iniciativas de hoje irão construir o futuro”. Desse modo, em sua avaliação, é necessário ampliar o diálogo e a integração dentro e fora do país. Para ele, o mundo temperado busca enxergar o mundo pelo seu prisma, mas os programas globais precisam ouvir o mundo tropical, uma vez que as realidades são distintas. “É necessário um maior entendimento, interação e diálogo”, pontuou.

Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), corroborou com a opinião de Carvalho ao ponderar que a perda de representatividade das organizações mundiais contribuiu para que medidas protecionistas e precaucionistas ganhem força na geopolítica global.

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