Açúcar na infância: o que dizem os especialistas?

O açúcar em excesso é algo a ser evitado em todas as fases da vida. Na infância é ainda mais importante redobrar a atenção já que o abuso dos cristaizinhos estão presentes em balas, biscoitos, bolos e pães, além das bebidas prontas utilizadas para complementar o cardápio das crianças.

“Esse é o tipo que mais preocupa, pois o excesso de açúcar pode contribuir para desenvolvimento de distúrbios nutricionais na infância e na idade adulta, como anemia, desnutrição, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes tipo 2 e osteoporose”, alerta a nutricionista Alessandra Luglio.

A cartilha “Dez passos para a alimentação saudável – Guia alimentar para crianças menores de dois anos do Ministério da Saúde, recomenda não consumir açúcar refinado e alimentos quando preparados com o ingrediente. É nesta faixa etária que os hábitos alimentares serão formados seguindo para a vida adulta. “O paladar infantil, em fase de construção, tem uma forte preferência pelo sabor doce. Isso ocorre porque o gosto é inato ao ser humano, ou seja, não há necessidade de incentivos e processo de aprendizagem como os demais. Uma criança que é constantemente estimulada por alimentos atraentes dificilmente vai aceitar experimentar outros e vão dar trabalho na hora de comer”, explica a nutricionista.

A indústria utiliza diversos tipos de açúcar, especialmente o refinado. Só não ache que a saída é banir as guloseimas de vez. O caminho é consumir de forma consciente. A primeira lição é substituir o açúcar refinado por um mais nutritivo que não comprometa o pedalar em formação, como é o caso do melado, açúcar mascavo e demerara. Outra recomendação importante para não errar é ficar de olho na lista de ingredientes das bebidas prontas. Muitas delas apresentam alta concentração de açúcar. Quanto mais natural e com ingredientes reduzidos, melhor.

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