A base de conhecimentos ancestrais, com uma boa dose de pesquisa industrial, uma pitada de sensibilidade ambiental e está pronta a receita para o futuro da economia circular no artesanato – um modelo de crescimento baseado na preservação e otimização dos recursos naturais e no fomento à eficácia dos processos.

“O artesanato carrega em si um modelo que respeita o tempo, o meio ambiente e as pessoas. O que estamos vendo agora é o olhar da indústria nessa direção, para produzir e comercializar seus produtos no sentido de um crescimento econômico sustentável, mantendo as condições do meio ambiente”, analisa Rita Mazzotti, organizadora da Mega Artesanal, que atua há 20 anos no segmento. “Fabricação de feltro a partir da reciclagem de garrafas PET, fios produzidos a partir de resíduos da indústria têxtil e tingimento de tecidos com tintas naturais, por exemplo, são algumas das práticas do nosso mercado que já acontecem há alguns anos e servem de modelo para toda a cadeia”, completa.

E o exemplo de Rita é dado de dentro de casa. Na última edição da Mega Artesanal, a maior feira de produtos e técnicas para arte, artesanato e artes manuais da América Latina, nada menos que 32 caçambas de 22 metros cúbicos foram contratadas para levar todos os resíduos da feira para reciclagem, beirando as 400 toneladas de resíduos.

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