As vendas de imóveis nos Estados Unidos cresceram muito nos últimos anos, em especial em 2020. Apesar da pandemia de Covid-19, no âmbito nacional, as vendas de casas existentes cresceram 5,6% em relação a 2019. Na Flórida, o crescimento geral foi de 5,8%, sendo que o sul da Flórida, que compreende os condados de Palm Beach, Fort Lauderdale e Miami, teve um crescimento de 1,6%.
A região que mais cresceu percentualmente, entretanto, foi a de Naples, com uma elevação nas vendas de 23,9%. Entretanto, esta área, que fica na costa oeste da Flórida, teve apenas 6.703 vendas, enquanto os três condados do sul somaram 47.459 vendas em 2020, representando 15% do total do Estado.
Segundo Daniel Jevaux, especialista mercado imobiliário da Flórida, esse aumento das vendas nos Estados Unidos como um todo reflete dois fatores principais: a menor taxa de juros da história para financiamentos imobiliários e novas necessidades das famílias em relação aos seus imóveis, dada a mudança no comportamento de trabalho e vivência.
“Agora há uma demanda crescente por imóveis maiores, que tenham espaço para home-office e que seja possível desfrutar de amenidades sem ter que compartilhar com os demais vizinhos”, justifica.
Ele ainda aponta que na Flórida existem três outros fatores que sustentam a demanda elevada: o benefício fiscal que o Estado proporciona, o custo de vida e o clima.
“Nos Estados Unidos, os estados podem cobrar de seus habitantes imposto de renda estadual, além do que é cobrado no nível federal. Estados como a Flórida, Texas e Alaska, não têm essa cobrança, reduzindo a mordida do Fisco americano. Por isso, há tempos a Flórida já recebe moradores vindos dos estados ao Norte, como Nova Iorque, Nova Jérsei, Connecticut, Illinois, em busca de um novo domicílio fiscal e redução dos tributos”, relata.
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