Sincretismo estético mineiro inspira a coleção Rito de luminárias da dsgnselo

De um lado Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo com um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil. Do outro, o patrimônio das cidades históricas com suas icônicas igrejas barrocas. A conexão material, espiritual e temporal desses universos antagônicos presentes em Minas Gerais deu origem ao que o designer Alberth Murta, diretor criativo da dsgnselo, chama de sincretismo estético mineiro, base para a criação da nova coleção Rito, da marca curitibana de luminárias decorativas.

A ideia para a coleção aconteceu após um mergulho cultural de Murta, no final de 2019, nas Minas Gerais. O que parecia ser vertentes opostas com relação a linguagem estética, para ele convergiu em uma riqueza de referências que levavam o design das novas luminárias para além dos limites geográficos do Estado.

“Enquanto o acervo de Inhotim trouxe formas modernas de todas as partes do mundo para o desenho das peças, os elementos da cenografia das igrejas barrocas emprestaram simbologia e dramaticidade. O resultado é uma coleção que conversa com um universo onírico, diverso em referenciais ritualísticas, mas com uma linguagem contemporânea”, descreve Murta.

A referência para o nome da coleção vem do ritual percorrido pelo designer para fazer a conexão entre o presente e o passado. Mas também representa uma quebra de paradigma para a dsgnselo que pela primeira vez deixa o minimalismo para trazer uma coleção permeada por elementos simbólicos.

Desta vez, em vez de linha retas, os elementos geométricos tridimensionais oscilam pelo universo das formas arredondadas, cônicas e curvas presentes tanto na obra Narcissus Garden Inhotim, de Yayoi Kusama, quanto na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em Ouro Perto. As luminárias se transformam em objetos cênicos criados para projetar uma aura de luz, ora inspirados em cálices sagrados, altares barrocos e arcos, ora em esferas metálicas futuristas.

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