A tendência da saudabilidade chegou ao copo de cerveja. O termo, apontado pelo projeto Brasil Food Trends 2020 como um dos pilares do setor alimentar nos próximos anos, compreende produtos light/diet, energéticos, fortificados e entre outras opções movimentou um mercado de R$ 100 bilhões no País de acordo com Euromonitor Internacional em 2020. A busca por uma vida saudável inspirou até versões fitness de drinks e da cervejinha de final de semana de tantos brasileiros, com menos calorias, sem carboidratos e açúcares. A mudança dos protagonistas do “Happy Hour” está gerando novas oportunidades de negócios mesmo para marcas que já atuavam no setor de saúde, beleza e bem estar, como a Emagrecentro. Há 35 anos oferecendo serviços de emagrecimento saudável, a empresa investiu na compra de uma cervejaria no interior de São Paulo para fabricar a própria linha de cervejas e drinks alcoólicos low-carb, iniciativa que deve somar R$ 3 milhões de reais por ano ao faturamento da rede.
“O investimento de R$ 1 milhão na aquisição da cervejaria e fábrica de bebidas Phillip Davi’s, localizada em Guapiaçu, interior de São Paulo, faz parte do nosso constante investimento em tecnologias, tendências de mercado e principalmente na busca contínua em trazer para os consumidores o que há de mais inovador. Não estamos oferecendo apenas uma linha de bebidas alcoólicas Low Carb, mas produtos saborosos e que só perdem em calorias para os tradicionais”, explica o CEO da Emagrecentro, Edson Ramuth.
Por dentro de uma fábrica de cerveja fit
Os primeiros produtos já chegaram ao mercado: a cerveja puro malte Best Shape possui teor alcoólico de 4,8% e não leva carboidrato e açúcar na composição, mas, mesmo assim, segundo o CEO da marca, mantém o sabor e a cremosidade que agrada ao paladar brasileiro. Já para quem prefere drinks, o Hard Seltzer, tipo de bebida que virou sensação nos Estados Unidos, é uma água com gás alcoólica com zero carboidrato e açúcar nos sabores limão e frutas vermelhas. Para conciliar as bebidas alcoólicas com a dieta e botar fim na expressão ‘barriguinha de cerveja’, a fábrica teve que adequar o processo de fabricação baseado na fermentação de açúcares. Assim, a formulação da cerveja zero é praticamente idêntica à versão convencional e o que difere são ações enzimáticas no mosto da cerveja, em que todos os carboidratos não-fermentáveis – ou seja, os açúcares – são convertidos em fermentáveis.
No processo, as leveduras conseguem usar o açúcar até ele acabar, não restando nenhum resíduo, apenas o álcool. É por isso que é possível chegar ao resultado final de drinks alcoólicos low-carb. Por hora, as opções são comercializadas apenas nas 250 unidades da Emagrecentro no Brasil, mas o plano é expandir as linhas e os pontos de venda.
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