Saiba identificar corantes artificiais no rótulo dos alimentos

Sorvetes, refrigerantes, bolos, massas, biscoitos, gelatinas, doces e salgadinhos. Tais alimentos estão presentes na vida da grande maioria das pessoas, seja no cotidiano ou em momentos indulgentes. Praticamente todas essas opções possuem corantes em suas composições e a única função desses elementos é intensificar ou restaurar a cor de um alimento. Isso acontece porque o impacto visual é fator determinante no momento em que seres humanos decidem o que vão comer ou não, conforme já comprovado por pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Apesar de os corantes estarem mais presentes no nosso dia a dia do que imaginamos, é relevante diferenciar os tipos e buscar os corantes naturais para uma alimentação mais saudável. Nesse sentido, o caminho mais fácil para exercer o consumo consciente é saber interpretar as informações do rótulo dos produtos. De acordo com a regulação vigente no Brasil, a indústria alimentícia tem obrigação de informar o consumidor a presença de corantes e suas especificações, além de respeitar limites percentuais de utilização.

Identificar corretamente os corantes exige muita atenção. De forma geral, os corantes artificiais possuem números em sua nomenclatura como, por exemplo, Tartrazina (E-102) ou Vermelho 40, corante vermelho mais artificial. Em alguns casos, empresas usam uma numeração que é padronizada internacionalmente para mascarar a presença desses elementos nos alimentos ou bebidas. Paulo Rogério, Gerente de Aplicações da Oterra, explica sobre a diferença entre os corantes naturais e sintéticos idênticos aos naturais. “Os corantes naturais têm o pigmento extraído a partir de vegetais ou insetos enquanto que os sintéticos idênticos aos naturais, contêm esses pigmentos idênticos aos que ocorrem na natureza mas produzidos por síntese química”.

Riscos à saúde – Existe um conjunto de evidências científicas sinalizando que corantes artificiais e inorgânicos podem causar problemas de saúde. Embora existam contradições em alguns casos, muitos corantes já foram banidos em diversos países, mas continuam permitidos no Brasil. Os riscos identificados envolvem desde reações alérgicas, com sintomas na pele e nos sistemas gastrointestinal e respiratório, a hiperatividade em crianças e, até mesmo, câncer, passando também por doenças renais e anemia. A Tartrazina é um dos corantes artificiais que mais preocupam pesquisadores da área da saúde. Estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa comprovam casos de reações alérgicas ao corante Tartrazina, incluindo asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de cabeça.

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